quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Uma introdução curta, grossa e sem óleo de canola pra ficar light

Bom, eu NUNCA achei que ia precisar de um blog pessoal. Nunca mesmo. Achava até bom ter blog para algo de útil, como dar notícias, mostrar o próprio trabalho ou contar piadas e rir dos absurdos do mundo (como o Cid Não Salvo tem), mas blog para ficar escrevendo coisa, dando pitaco e falando do mundo florido em volta do meu umbigo, nunca achei necessário. Primeiro por não achar que minha opinião de fato valha mais que a opinião de quem quer que seja, e segundo porque se é MESMO para fazer isso...uso o Facebook, ora essa.

Assim eu ia usando o Facebook normalmente, como qualquer pessoa normal (compartilhando fotos de gatos, tirinhas com memes, falando que comi ovo frito no almoço, xingando o governo e respondendo a convites de família para aniversários, casamentos, velórios e bar mitzvahs), quando de repente, não mais que de repente tive minha conta desativada. Sei lá por que. Em suma, me expulsaram daquele mundinho azul.

O argumento usado pelo site foi "uso de nome falso". Me pediram a cópia de um documento mostrando que fui batizada como Deneb por meu pai (que era tido por muitos como um semi-hippie muito louco adepto de contracultura, mas, pô, aí já é pegar pesado) e que eu sou mesmo da família Rhode, e meus iguais saltitam ao redor das infinitas hortas de abóboras de Zenobia—se você é gamer e já jogou Ogre Battle, vai entender. Claro, se não tiver RG com isso, vale usar a carteira de motorista. Ou meu passaporte de Zenobia...

Que fique claro, meu nome NÃO é Deneb Rhode. Isso é meu pen name, o qual uso há anos para escrever fanfiction. Pseudônimo, nickname, como muita gente usa. Muita mesmo, a maioria que conheço, e usa no próprio Facebook, sem que isso seja crime. Uso de pseudônimo sempre me pareceu algo legítimo. Não sou uma Deneb Rhode do mesmo jeito que Fernando Pessoa NÃO era um Álvaro de Campos, que Charles Lutwige Dodgson NÃO era um Lewis Caroll e, sim, que Nelson Rodrigues NÃO se chamava Suzana Flag. Eu conversava com a família, não disseminava spam e podia ser de tudo, menos uma criminosa bot fake saída do inferno para vender receitas de pele jovem em um mês. Se me expulsaram de lá mesmo por isso, fico pensando o que seria desses outros caras que citei caso o Mark Zuckerberg (e a tecnologia) tivessem existido naqueles tempos (ah, Álvaro de Campos, seu  fake spammer!!!)

E, bom, se queriam achar um infrator criminoso...melhor seria rastrear o IP, não? Ou antes, ver se o fake safado fez algum crime.

Bom, mas fazer o que? Não vou reclamar, deixa quieto. Se eles, que mandam no boteco dizem que é assim, paciência...A vida segue e a caravana passa...Aprendi uma coisa ou duas disso: primeiro, que se deve salvar todo post mais longo, álbum, coisa legal e afins no próprio PC, já que guardar lá pode dar problema. Segundo, que no Facebook você pode ser derretido da face da Terra a qualquer momento (e ficar com cara de "mas porque eu???") enquanto algum cara com avatar de Hannibal Lecter e com nome de Getúlio Vargas pode continuar livre e solto xingando gays, negros e otakus...

...e terceiro: que às vezes é necessário um canal oficial para podermos expor nossa opinião. O meu, de certo modo era o Facebook. Mas é bom ter isso, para que no futuro não venham forçar coisas grossas, pungentes e salobras na boca da gente. Palavras, por exemplo. Depois, com calma explico...

Mas, na boa? Vou continuar com minha vidinha e meu nick. Já sou uma Deneb Rhode há mais de sete anos, acho difícil mudar agora.

E licença que agora começa a Black Friday e tenho coisas para comprar! Fui!